quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

A caminho de Casa - Goiania-Go a Guaíra-To

No segundo dia de meu retorno, saí as 6 e meia do hotel d'arc em goiania e após arrumar a bagagem na motoca, pensei em tomar o café mas isso não foi possível - naquela situação tempo era kilometro, ou seja cada minuto perdido era km a menos.

Abasteci a moto no posto logo em frente ao hotel e aproveitei e perguntei á frentista qual a rota pra Anápolis, que me passou as informações corretas. logo cheguei a Anápolis onde pensei que ia ter dificuldade de pegar a BR010 a belém - brasilia, ainda bem que foi fácil.




Já na BR010, relaxei pois agora a preocupação era apenas os caminhões e carretas, que sem
exagero, são os donos da rodovia, te ultrapassam, te fecham, te jogam pro acostamento e não estão nem aí...nesse dia perdi as contas de quantas vezes dei passagem indo pro acostamento pra carros e caminhões; que só perdem um pouco de velocidade em subidas ou quando se chega em alguma cidade e há lombadas, locais onde com cuidado se aproveita pra deixar para trás os grandalhões.
Este dia passei praticamente rodando em parte de goiás e tocantins, passei em frente ao acesso á palmas-To... achava que iria conseguir sair do tocantins e adentrar no maranhão, mas isto foi praticamente impossivel devido em parte aos trechos em Obras, onde se perde tempo aguardando a vez de seguir atrás de muitos caminhões o que dificulta ainda mais ultrapassar e ganhar tempo.

Neste segundo dia de viagem aconteceram as duas situações mais perigosas desse retorno, uma foi em um trecho de declive onde tomei a infeliz decisão de ultrapassar uma carreta, pois estava há bastante tempo atrás de uma fila delas e ví uma longe em sentido contrário, calculei que daria pra ultrapassar, não me toquei que em descidas elas andam muito e quase não conseguia concluir a ultrapassagem, mesmo estando de cabo enrolado foi por pouco.
Outra situação foi quando caiu de cima de uma carreta uma saca de pequi, arrebentando no asfalto e um monte de pequis sairam rolando pela via, se um deles pega na roda era quase que queda na certa, ainda bem que nenhum bateu na moto.

Acreditava que quebraria a km do dia anterior 1091 kms, haja visto que não peguei muito transito urbano e igualmente ao primeiro dia fiz paradas rápidas.
Acredito que pra quem viaja o dia todo há dois momentos únicos, o amanhecer e o entardecer, e assim curtindo o poente, fui chegando á Guaíra-To onde havia muitas obras e em alguns momentos a pilotagem ficou tensa pois a via estava só no barro e estava liso, pois havia chovido... eram umas 6 e meia e joguei a toalha, queria rodar mais, mas alguma coisa me falava que estava na hora de parar, afinal já havia cumprido a km do dia me restando apenas 964 km até castanhal.

Fui observando e achei um hotel com garagem e fui ver o preço, tava na faixa então paguei e tirei as tralhas da moto, e aproveitei pra acessar a net e fazer contato com amigos e parentes. engraçado como as pessoas se assustavam qdo falava que estava vindo de Santos-Sp e ainda estava indo ao Pará, ficavam ainda mais boquiabertos qdo falava que já havia passado pelo nordeste.

Para eles era impossível ou Loucura; incrível, como pra muita gente somos pequenos demais para o tamanho de nossos sonhos.
Comecei a ver um monte de mensagem de amigos preocupados com minha falta de contato, expliquei que como fico praticamente o dia todo pilotando não tem como acessar a internet, logo repassei sms e atualizei as informações na pagina do facebook e do fórum.

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