domingo, 24 de abril de 2011

Expedição à Serra do Piriá - Viseu/Pa - 2011



Unir o útil ao agradável, quando conseguimos conciliar duas ou mais coisas em uma só significa economia de muitas coisas, principalmente de uma que está em falta: o tempo.
Aproveitei o feriadão da semana santa pra entre outras sair da cidade e também levar minha familia pra passear na nossa cidade natal, visitar os parentes...espairar um pouco, fazer o "social" e... hahaha aventura!!!
Conforme combinado saí de castanhal na quinta logo cedo com destino a Viseu, minha cidade Natal distante quase 300 km da capital belém. com já havia planejado tudo, fui no meu fiat mille com a familia e meu primo levou a tornado.
Depois de rodar por duas horas e meia chegamos a pérola do caeté, como é conhecida a cidade de Bragança/pa, onde paramos, esticamos as pernas, completamos os tanques pagando 3,00 dilmas o litro pela gasolina e aproveitamos tb pra comprar algumas coisas principalmente chocolates e biscoitos.
Saimos de Bragança quase 10:00 da manhã, a estrada havia sido arrumada para o veraneio e apesar de ser de terra dava pra ir até 80km/h, mas todo cuidado é pouco com off road.
proxima parada foi em Curupaiti uma vila que tem uma ponte de madeira que corta o rio gurupi(?), onde tomamos um pouco de água e meu primo foi passar um pouco de oleo na corrente da tornado.
às 12:00 chegamos na vila onde meus parentes moram e depois de um almoço providencial com muito peixe descansei a tarde toda.
Na sexta fiquei o dia todo a disposição da familia pra passearmos pela cidade natal de Viseu;
fiz contato com os amigos pra ver se viriam pra irmos á serra, mas já iam a outro destino.
Sábado às 9:00 da manhã na companhia de meu primo Luis e meu outro primo Israel que tem um Honda Fan 125, saímos da vila onde estava com destino a Serra do piriá. completei o tanque da torni e da fan com gasola de um revendedor a 3,50 o litro. e após pegar informações com várias pessoas sobre o acesso pegamos a estrada que era de chão com trechos alternados de areia, barro e piçarra.
rodamos uns 20 minutos, pegamos novamente informação e finalmente chegamos a um porto, onde haviam vários barcos que fazem a travessia para a outra margem.
Embarcamos as motos a fan e a tornado e aproveitei e fiz um filminho da margem e do embarque, a travessia custou 20,00 as duas motos e tres pessoas (eu e os dois primos).
Já dentro do barco e nos dirigindo a outra margem do Rio Tamixira (estranho esse nome), os pensamentos começam a florescer, olho pra tornado na frente do barco, a embarcação se afastando cada vez mais do porto e o silencio do rio sendo quebrado somente pelo incessante barulho do motor do barco.
Entre os passageiros além de nós havia um senhor com uma honda pop laranja que logo puxou conversa comigo, papo vai papo vem e percebi um interruptor no painel da pop, indaguei o porque do interruptor, o senhor me disse que aquela região é muito frequente assaltos e roubos de motos, principalmente á noite. que aquele interruptor era do farol, pois algumas vezes já havia fugido de bandidos que o tentaram alcançar em outra moto e o mesmo já havia escapado desligando o farol e entrando no mato. depois dessa historia já havia decidido que não voltariamos pelo mesmo caminho.
a outra margem se aproxima e logo estamos desembarcando as duas motos e pegando o caminho pra serra.
apesar das informações, pegamos o caminho errado duas vezes, até q acertamos a subida da serra, que começou a ficar ingreme, como tava com meu primo de garupa, só dava pra ir de 1º marcha, paramos várias vzes pra tirar fotos da paisagem que a cada momento nos fascinava ainda mais, quando chegamos ao topo, um altiplano com muito capim, tivemos uma visão panoramica do rio que acabamos de cortar e de outras paisagens, á primeira vista fiquei um pouco decepcionado pois esperava algo mais nem mesmo agora sei.
Porém, depois de rodar pela serra, fui aos poucos a desbravando e a cetidez deu lugar a admiração e a contemplação. um dos pontos altos da ida à serra é com certeza a vista que é uma das melhores, pode se passar horas a fio a contemplar o sinuoso rio a cortar o horizonte, a vila lá embaixo e abaixo as cavernas que é outro caso á parte.
nem bem tirei algumas fotos dos primos e minhas, uma chuvas leve começa a cair, e vinham mais nuvens, a paisagem maravilhos vai dando lugar a nuvens brancas de chuva.
me apressei e descobri uma área que com certeza era usada pra tirar piçarra pra pavimentação das estradas locais, deixaram algumas partes intactas, que criou figuras interessantes parecidas com paredões. ao andarmos pela serra também se vê vários locais onde se retiraram amostras de material da serra.
A chuva fina começou a engrossar e nesse momento a preocupação era achar um abrigo pra evitar molhar os eletronicos.
debaixo de chuva começamos a procurar as cavernas, achamos-as só que não descobrimos o acesso a elas, talvez fosse pela vila, pois as vimos lá de cima da serra.
cavernas descobertas, nos preparamos pra voltar, nossa intenção era voltar por outra rota que não fosse atravessar o rio de novo, pelo custo e pelo risco de voltar pelo mesmo caminho.
Parece até marcação, mas bastou sair da serra pra chuva passar... voltamos por outra rota e estavamos indo bem até que encontramos outras pessoas de moto que nos deram avisos, paramos um desses e indagamos o que havia à frente, pra nossa surpresa havia uma blitze em andamento mais a frente, meu primo tava sem o documento da fan e a mesma tava sem placa eu tava legal mas estavamos sem um capacete, encrenca a vista e com cheiro de extorsão - meia volta volver - voltamos e resolvemos atravessar o rio de barco de novo.
a chuva começa a cair e eu com garupa começo me preocupar com uma queda, nos trechos de barro, numa descida havia uma poça de barro mole, se não ponho o pé no chão era queda na certa, mais a frente ainda passei mais dois sustos pois a areia mole em cima da pista afundava quando passavamos.
chegamos quase 1:00 da tarde na vila onde estava hospedado na casa de parentes, as motos só lama e areia, mas a missao estava cumprida e chagamos sãos e salvos e principalmente sem quedas.
considerações finais:
- viajar pelas estradas do interior do pará é prazeroso mas tambem perigoso haja visto que assaltos e roubos de motos, independente do modelo são frequentes;
- os rios são as estradas da amazonia, então qualquer viagem dependendo do lugar onde se queira ir, fatalmente terá que atravessar de barco, balsas somente em alguns rios mais movimentados onde tem tráfego de onibus e caminhões com mercadorias;
encerro esta postagem com as paisagens ainda lúcidas em minha memória, e espero retornar em breve, desta vez equipado para explorar as cavernas da imponente sentinela do piriá.


















2 comentários:

  1. parabens pelo relato e pelo role!
    agora o chapeu de cangaceiro eh o melhor!!!! ;)

    abs
    German

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  2. esse chapéu é uma lembrança da minha primeira viagem com a tornado a Natal e aki acolá tiro a poeira dele em alguma trip. forte abraço german

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